O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) decidiu revogar o mandado de prisão do empresário Marcelo Batista da Silva, principal investigado no desaparecimento e possível execução de Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento, de 23 anos, e Matuzalém Lima Muniz, de 25, funcionários de um ferro-velho no bairro de Pirajá, em Salvador.

Os jovens estão desaparecidos desde o dia 5 de novembro de 2024, e as investigações apontam que foram sequestrados e assassinados dentro da empresa Prometais, de propriedade de Marcelo. Apesar dos fortes indícios de crime brutal, o empresário não é mais considerado foragido e agora responde em liberdade.

CORPOS CONTINUAM DESAPARECIDOS, MAS SUSPEITOS SÃO SOLTOS

Além de Marcelo, o juiz Vilebaldo José de Freitas Pereira também determinou a soltura de Marcelo Durão Costa, soldado da Polícia Militar, e Clóvis Antônio Santana Durão Júnior, apontados como seus comparsas no crime. Ambos eram investigados por envolvimento com a milícia e pela ocultação dos corpos das vítimas, que seguem desaparecidos.

Na decisão judicial, a defesa dos acusados alegou que eles possuem bons antecedentes, ocupação lícita e residência fixa, argumento suficiente para convencer a Justiça a soltá-los. Como se isso não bastasse, a Polícia Civil suspeita que o grupo possa estar envolvido em outros homicídios ainda não esclarecidos.

Agora, Durão e Clóvis serão monitorados por tornozeleira eletrônica, não podem sair de Salvador nem se afastar mais de 50 metros de suas casas após as 19h. Ou seja, criminosos suspeitos de assassinato estão livres, apenas com restrições básicas, enquanto as vítimas continuam desaparecidas e as famílias seguem sem respostas!

INVESTIGAÇÕES FORAM OBSTRUÍDAS?

O caso gerou grande repercussão desde o início, principalmente após a Polícia Civil encontrar vestígios de sangue na empresa de Marcelo e perceber que o sistema de câmeras de segurança foi destruído, dificultando as investigações. As suspeitas são de que os jovens foram torturados e mortos dentro do ferro-velho, mas até hoje não se sabe onde estão os corpos.

O empresário chegou a dar uma entrevista ao apresentador Zé Eduardo, na Record TV, onde negou qualquer envolvimento no crime e se disse perseguido. Após a repercussão do caso, desapareceu por mais de três meses e só agora teve a prisão revogada.

Enquanto a Justiça baiana libera suspeitos de crimes bárbaros, as famílias das vítimas vivem o desespero de não saber o paradeiro de seus entes queridos. Até quando a impunidade vai vencer?

O Pressão24h seguirá acompanhando esse caso e cobrando justiça!

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