Barracas localizadas na orla de Itapuã, em Salvador, foram alvo de uma operação de demolição realizada pela Prefeitura na manhã desta terça-feira (8). A ação gerou revolta entre os barraqueiros, que organizaram um protesto no local contra as medidas adotadas pelo poder público.

Segundo os trabalhadores, a derrubada das estruturas representa prejuízo financeiro e ameaça a sobrevivência de famílias que dependem da atividade comercial na orla. O clima foi de tensão e comoção entre os manifestantes.

O que diz a Prefeitura

Em nota, a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) informou que a operação foi realizada em conjunto com a Guarda Civil Municipal, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur) e a Polícia Militar, com o objetivo de remover ampliações consideradas irregulares em quiosques localizados na região.

Ainda de acordo com a Prefeitura, os permissionários possuem autorização para explorar os quiosques, mas teriam ampliado as estruturas além do que estava previsto no projeto original, sem as devidas licenças ou alvarás.

A Semop destacou que a intervenção ocorre após um prazo de cerca de 78 dias, iniciado em janeiro deste ano, quando os permissionários foram notificados para realizar a adequação voluntária das estruturas, o que, segundo o órgão, não foi cumprido.

Clima de Insatisfação

Os barraqueiros, por sua vez, alegam falta de diálogo e afirmam que dependem dos espaços para garantir o sustento de suas famílias. Eles cobram maior sensibilidade do poder público e soluções que não prejudiquem quem trabalha na região há anos.

O protesto realizado nesta terça-feira interditou parte da orla de Itapuã e contou com faixas, gritos de protesto e denúncias de que as demolições estariam sendo feitas sem alternativas ou negociação justa.

Repercussão

A situação reacende o debate sobre o ordenamento dos espaços públicos na capital baiana e o equilíbrio entre preservação do espaço urbano e o direito ao trabalho de comerciantes tradicionais.

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