Declaração de respeito e inclusão viralizou nas redes sociais e reforçou a importância do diálogo inter-religioso
Salvador — Um gesto de respeito e acolhimento vindo do altar da Basílica do Senhor do Bonfim, em Salvador, emocionou milhares de pessoas e ganhou repercussão nacional. O protagonista dessa história é o Padre Edson Menezes, reitor da igreja que é um dos maiores símbolos religiosos e culturais da Bahia.
Durante uma missa realizada no dia 19 de março de 2024, Padre Edson fez questão de afirmar publicamente que acolhe com carinho pessoas de todas as religiões — incluindo os adeptos do Candomblé — e que não se considera superior a ninguém por conta de sua fé.
“Acolho de qualquer religião, seja de qual for, seja ateu, o que for. Essa é a minha orientação”, disse o religioso, emocionando fiéis presentes e internautas que assistiram ao vídeo nas redes sociais.
Em sua pregação, ele também destacou um símbolo poderoso da fé católica: os braços abertos da imagem do Senhor do Bonfim. Para ele, essa imagem deve inspirar os cristãos a praticarem a inclusão e o respeito ao próximo. “Como é que vou fechar meus braços, se Ele está com os braços abertos?”, questionou o padre.
Repercussão positiva
A fala do religioso rapidamente viralizou e foi amplamente elogiada nas redes sociais. Internautas destacaram a importância da tolerância religiosa em um país tão diverso quanto o Brasil e apontaram a atitude do padre como um verdadeiro exemplo de amor ao próximo.
Além de católicos, muitos praticantes de religiões de matriz africana também se manifestaram em agradecimento pela fala acolhedora de Padre Edson, reforçando que o diálogo e o respeito devem sempre prevalecer sobre o preconceito e a intolerância.
Um símbolo de Salvador
A Basílica do Senhor do Bonfim é muito mais do que um ponto turístico de Salvador. O templo é um espaço sagrado para baianos e visitantes de todo o mundo, sendo palco de expressões de fé que dialogam com a cultura e a religiosidade popular.
Com sua pregação, Padre Edson reforça essa identidade acolhedora do Bonfim e deixa um recado importante: a fé deve unir as pessoas — nunca separar.