Por Redação | Pressão24h
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou aos holofotes com uma proposta polêmica, mas que expõe uma ferida aberta no Brasil: a classificação do Primeiro Comando da Capital (PCC) como organização terrorista. A proposta inclui ainda o Comando Vermelho (CV), responsável por parte significativa da violência armada no país. Apesar do avanço dos grupos, o presidente Lula já se posicionou contra a medida.

O governo brasileiro, por meio do Ministério da Justiça e da Secretaria Nacional de Segurança Pública, rejeitou a ideia com o argumento de que as facções não possuem motivação política, religiosa ou ideológica como exige a atual Lei Antiterrorismo. O problema é que, enquanto os legisladores se apegam a tecnicalidades, o Brasil sangra.
Facções dominam bairros inteiros, impõem toque de recolher, expulsam famílias e executam quem atravessa seu caminho. O que mais falta para considerar o PCC e o CV como grupos terroristas? Estamos falando de quadrilhas com poder bélico comparável ao de grupos paramilitares, que agem em articulação nacional e internacional. Segundo o FBI, o PCC já opera em 12 estados norte-americanos.
E aqui? Aqui elas ditam regras dentro e fora dos presídios. Promovem chacinas, disputam territórios, controlam o tráfico, corrompem agentes públicos e até interferem em eleições. Tudo isso com uma estrutura empresarial e um braço armado prontos para matar a qualquer custo.
Enquanto isso, a população vive refém. Nas periferias, o medo venceu. O Estado, omisso ou conivente, ainda evita chamar o problema pelo nome que merece. Quantas vidas mais serão perdidas até que o governo federal admita que o Brasil já está sob ataque?
A proposta de Trump pode até ter um viés político, mas levanta uma pergunta que não quer calar: por que o Brasil insiste em proteger juridicamente as facções, tratando-as como simples organizações criminosas, enquanto elas promovem terror e destruição todos os dias?
A discussão está aberta. A omissão também.