A morte do jovem José Davi, ocorrida no dia 18 de março de 2025, em Santo Antônio de Jesus (BA), está gerando repercussão e levantando questionamentos sobre as circunstâncias do caso. Davi havia sido internado no Centro de Recuperação APRISCO para tratamento psicológico e faleceu cerca de três horas depois. Enquanto a clínica alega que o jovem cometeu suicídio por enforcamento, a família contesta essa versão e pede uma investigação aprofundada.

A denúncia da família

De acordo com relatos da denunciante Uinne Lara, exames realizados no Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus apontaram a presença de uma dosagem elevada de medicamentos sedativos no organismo de Davi, além de sinais de asfixia e ferimentos no crânio. Com base nesses resultados, a família descarta a hipótese de suicídio e levanta suspeitas sobre as condições da internação e o atendimento prestado pela clínica.

A denunciante fez um apelo nas redes sociais pedindo que o caso seja investigado:

“Não vou parar até que a verdade venha à tona e os responsáveis sejam punidos. Peço ajuda para que esse caso seja investigado e para que nenhuma outra família sofra o que a de José Davi está passando.”

A versão da clínica APRISCO

O pastor Reinaldo, responsável pelo Centro de Recuperação APRISCO, se pronunciou sobre o caso em entrevista à Rádio Andaiá. Ele afirmou que Davi foi atendido por uma equipe composta por uma enfermeira, uma técnica de enfermagem, um educador social e uma fisioterapeuta, e que ainda apresentava sinais vitais quando foi encaminhado ao hospital.

Segundo Reinaldo, a instituição tem registros, vídeos e documentos que podem comprovar sua versão dos fatos. Ele reforçou que Davi não recebeu medicação na clínica e destacou que, antes do ocorrido, o jovem recusou a merenda oferecida.

“A mesma dor da família é a dor do Aprisco. O que aconteceu foi um baque para todos. Nós temos tudo isso documentado, perícia, vídeos, fotos. Em momento algum negamos qualquer informação.”

O pastor também mencionou que não estava presente no momento do ocorrido e que apenas a equipe médica pode esclarecer o que realmente aconteceu.

Investigação em andamento

Diante das divergências entre os relatos da família e da clínica, o caso deve ser investigado pelas autoridades para esclarecer as causas da morte de José Davi. A clínica APRISCO, que atua no acolhimento de dependentes químicos e possui parceria com a Prefeitura de Santo Antônio de Jesus, agora enfrenta questionamentos sobre seus protocolos e procedimentos.

A família aguarda o andamento das investigações e segue cobrando respostas sobre o que aconteceu nas horas que antecederam a morte do jovem.

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