A prisão do policial militar Lázaro Alexandre Pereira de Andrade, conhecido como Alexandre Tchaca, na segunda fase da Operação Falsas Promessas, levantou inúmeros questionamentos sobre os rumos da investigação conduzida pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), por meio do Gaeco.
Segundo o próprio processo e a nota oficial da assessoria de imprensa de Tchaca, não há absolutamente nenhuma movimentação financeira entre ele e os investigados no processo que apura rifas ilegais e lavagem de dinheiro. A justificativa usada para decretar a prisão preventiva do PM estaria relacionada apenas ao fato de ele ter tido acesso prévio às informações da operação, o que foi interpretado como tentativa de obstrução de justiça.
Mas o que mais chama atenção é o seguinte:
- Se Tchaca denunciou que estava sendo vítima de extorsão, com valores de até R$ 80 mil cobrados por cabeça para “aliviar” os efeitos da operação, por que ninguém foi investigado por isso?
- Se os próprios autos reconhecem que não há movimentação financeira irregular, por que manter um policial preso com base em suposições e interpretações subjetivas?
- O que será feito com a denúncia grave feita por Tchaca? Alguém será responsabilizado ou ela será enterrada sob o sigilo do processo?
- Qual o critério para a continuação da prisão preventiva nesse caso?
A defesa de Alexandre já protocolou o pedido de revogação da prisão preventiva e aguarda a manifestação da Justiça. Enquanto isso, o PM segue preso, não por participar do suposto esquema, mas por ter levantado a voz contra o que considera uma armação interna.
Estamos de olho na operação para entender qual será o peso do cajado da justiça para cada investigado.