Em uma decisão que gerou ampla repercussão, a Justiça concedeu liberdade provisória a um motorista preso no sábado (10 de maio de 2025) transportando 547,9 kg de drogas na BR-262, em Corumbá (MS). A carga, composta por cloridrato e pasta base de cocaína, além de maconha, foi avaliada em até R$ 22 milhões se destinada ao mercado europeu.
Apreensão e Prisão
Durante abordagem de rotina, agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) notaram o comportamento nervoso do condutor, que não soube informar a origem da carga de minério que transportava. Após inspeção, foram encontrados diversos sacos contendo drogas escondidos entre a carga. O motorista confessou que entregaria o caminhão em Pindamonhangaba, interior de São Paulo. A ocorrência foi encaminhada à Delegacia da Polícia Federal de Corumbá.
Decisão Judicial e Liberdade Provisória
No domingo (11 de maio), menos de 24 horas após a prisão, o juiz plantonista Maurício Cleber Miglioranzi Santos concedeu liberdade provisória ao motorista. O magistrado considerou que o acusado, de 48 anos, pai de quatro filhos (três menores de idade), não possuía antecedentes criminais e não havia indícios de participação em organização criminosa.Segundo o juiz, não havia necessidade de manter a prisão para garantir a ordem pública.
Erro no Documento Judicial
A decisão judicial continha um erro no cabeçalho, onde o nome do delegado responsável pela prisão, Estevão Vaesso Gabriel de Oliveira, foi mencionado como se fosse o acusado. O equívoco gerou confusão e indignação entre os policiais envolvidos na operação.Campo Grande
Repercussão e Críticas
A soltura do motorista e o erro no documento judicial provocaram críticas de autoridades e da sociedade civil, que questionam a eficácia do sistema judicial no combate ao tráfico de drogas. A PRF destacou que, em 24 horas, apreendeu uma tonelada de cocaína, ressaltando a gravidade do caso.